Henrique Carter
Saí andando um pouco mais rápido do hotel onde estávamos. Segurava a pistola presa à cintura, pronta para agir com agilidade. Olhei para trás e vi Mattia tentando se aproximar. Revirei os olhos, impaciente, ao vê-lo correndo enquanto segurava a mochila.
Olhei para os lados e entrei em um pequeno restaurante. Pedi um combinado de comidas. Não sei, ele, mas eu estava com fome, e o nervosismo só piorava essa sensação. Enquanto esperava a atendente trazer o pedido, vi um italiano assustado sentar-se à minha frente.
— Perché sei scappato, idiota? — Revirei os olhos.
Por sorte, sempre gostei de estudar e conseguia entender alguns idiomas, mas sabia que ainda precisava aprender mais.
— Corri porque quero que isso acabe logo e eu possa voltar para casa. — Respondi à pergunta, vendo-o se aproximar um pouco mais.
Olhei para ele sem demonstrar o quanto achava que ele poderia ser um peso morto.
— Non parlo la vostra lingua, ma ci proverò — disse ele, nervoso.
(Não falo sua língua,