Paola Vega
Três dias.
Já se passaram três dias desde que Paulina foi internada, e eu estou presa nesse hospital, assistindo minha irmã morrer lentamente enquanto todos ao meu redor me impedem de salvá-la.
Minha mente está exausta, meu corpo pesado, minha barriga dolorida pelo peso dos sete meses de gravidez, e meu coração… meu coração está despedaçado.
Sentei-me na poltrona ao lado da cama dela, observando sua respiração irregular. Sua pele estava pálida, os olhos fundos, como se cada momento que passava drenasse mais um pedaço da sua vida.
Cada célula do meu corpo gritava para que eu fizesse alguma coisa.
Mas eu não podia.
Porque Renato, os médicos, até Ruslan, todos me impediram de tentar salvá-la.
— Você não pode fazer isso, Paola — Renato disse há dois dias, segurando meus ombros com força. — Não pode arriscar a vida dos seus filhos.
— São meus filhos! — gritei, me debatendo, tentando me soltar. — E essa é a minha escolha!
— Não, não é — Ruslan interveio, sua voz mais fraca do que