Carolina Borges
A mãe do Bruno e a irmã ainda estão passeando pelo shopping. Quando acordo, decido levar o Bruno a uma peixaria próxima ao Teatro e chamo minha mãe. Ligo para o meu irmão e peço que Cláudio nos encontre lá.
— Carolina, para que você inventou de oferecer caldeirada de piranha para o rapaz? — Minha mãe pergunta em meio a uma crise de riso.
— Mãe, não imaginei que ele fosse se empolgar tanto a ponto de encher a comida de pimenta. — Bruno está todo vermelho e a mesa inteira ri da situação. Até eu não consigo segurar a graça. Quem manda ser guloso?
— Carol, você só me disse que era afrodisíaco, não que poderia morrer com o peixe. Que porra de pimenta é essa? — Ele serve mais um copo de refrigerante para si mesmo, tentando aliviar.
Minha sogra aproveita e solta as piadas dela, gargalhando.
— Sabia que você não tinha potencial para me dar netos, Bruno. Precisou recorrer a afrodisíacos.
Todos caímos na risada.
— Poxa, mãe, também não é assim. Carolina pode parar de tomar reméd