Gustavo Lira
Nossa noite foi complicada para Vanessa; ela passa a noite sentindo dores e, sempre que tento deixá-la mais confortável, parece que a machuco em outro lugar. No fim das contas, acabo dormindo no sofá, frustrado. Queria dormir sentindo seu cheiro, tê-la em meus braços.
Acordo de um sono agitado, caminho pelo espaço e acabo na varanda com um copo de uísque na mão, tentando acalmar a agitação que sinto por dentro.
— O que houve, Gusta? — Me assusto ao ouvir Vanessa falar baixinho atrás de mim.
— Não devia estar de pé. — Largo o copo e me aproximo. — Você devia estar deitada, descansando, e não aqui. Continua teimosa. — Suspiro frustrado.
Ela segura meu braço enquanto tento levá-la de volta à cama, mas finca os pés no chão, impedindo-me. Quando nossos olhos finalmente se encontram, vejo o desejo neles. A mão livre dela sobe até meu pescoço, acariciando onde alcança. Fecho os olhos, relaxando um pouco, sentindo que ela também deseja estar comigo.
— Sim, eu devia estar deitada…