Vanessa Díaz
Sempre achei o Gustavo um homem lindo. Quando o vi entrando no escritório onde eu trabalhava, senti um fogo subir pelas minhas pernas e, no instante em que nossos olhares se cruzaram, antes mesmo de ele dizer qualquer coisa, eu já sabia que algo aconteceria entre nós, mesmo que um romance fosse delicado demais para mim.
Depois daquele primeiro almoço, em que ele me fez faltar ao trabalho e me levou para o hotel, senti-me especial, amada e desejada. Me surpreendi quando ele assumiu uma postura de Senhor Grey e amarrou meus pulsos para trás.
Na hora, mesmo tomada pela adrenalina, senti medo. Estava nua, de quatro, diante de um homem que mal conhecia e completamente imobilizada. Naquele momento, entreguei meu corpo a ele, mas não consegui entregar meus medos e inseguranças.
A simples lembrança de Carrillo, o líder do narcotráfico colombiano, já me faz ter crises de enxaqueca, pelo pavor de que ele pudesse fazer mal a Gustavo. Quando conheci a família dele, tudo piorou. Não q