Ruslan de Luca
Fico frustrado quando o meu pai retorna e escolhe não me contar o que houve para Dalton me ligar com tanta pressa. Com certeza, a clínica só deve estar fazendo as verificações necessárias.
As horas naquele lugar parecem que são intermináveis, a cada risada que a minha mãe dava para aquela garota que tanto me lembra a minha irmã Hope, não diminuía o meu tédio por estar ali preso àquela cadeira, sendo novamente espetado para tentarem me manter vivo.
Não que eu deseje morrer ou ver meus pais sofrerem com a minha situação, mas ser sempre aquele da família que fica doente e deixa todos preocupados, não é a realização de um sonho.
Ergo o meu olhar para a bolsa com a minha medicação que estava quase chegando ao fim quando começo a sentir os efeitos dela. Fecho os olhos, tentando controlar o desejo de vomitar ali mesmo.
— É difícil, não é? — a voz meiga de Paulina me tira da caixa onde me coloquei.
— Sim, é tenso… — Puxo uma respiração tentando enganar a ânsia.
— Prognostico? —