Vincenzo pega a mochila, respira fundo como se estivesse prestes a mergulhar em águas profundas demais, e dá um passo para trás, depois outro.
Vittoria se movimenta e segura a mão dele, decidida a acompanhá-lo até onde fosse possível, como se cada passo ao lado dele fosse uma forma de adiar a dor da despedida.
— Luce, você irá cuidar da mamãe? — Vincenzo pergunta, arrancando uma risadinha da filha enquanto eles descem as escadas.
A bebê solta outra risadinha, batendo os pezinhos no ar, e a reação é suficiente para suavizar, por um instante, o peso denso que pairava entre Vittoria e Vincenzo.
Os três seguem pelo corredor estreito, e a respiração de Vittoria fica mais pesada a cada passo, e Vincenzo sente, ele sempre sente.
Então ele diminui o ritmo, permitindo que ela o acompanhe sem pressa, sem ruptura, sem arrancar o momento dela antes da hora.
No fim da escada, ele se vira para ela, só um segundo, mas o suficiente para olhá-la como se estivesse tentando memorizar tudo: o cabelo solt