Na manhã seguinte, Vittoria coloca a chave sob o vaso da janela com um cuidado silencioso, enquanto sente o peso simbólico daquele gesto simples que encerra um ciclo inteiro dos últimos dois anos da própria vida.
Ela observa a casa por alguns segundos, permitindo que a memória percorra cada centímetro do espaço que acolheu seus medos, suas dores, suas fugas, suas lágrimas e suas primeiras vitórias longe de casa.
A casa permanece quieta e iluminada pelo sol suave da manhã, como se segurasse a respiração para absorver a despedida dela com o mesmo respeito que ofereceu durante meses.
Vittoria sente o coração apertar ao lembrar que aquelas paredes testemunharam suas madrugadas quebradas, suas dúvidas mais profundas e a força inesperada que encontrou quando acreditava que não sobreviveria.
Ela toca a moldura da porta e sorri com emoção contida ao recordar o momento em que cruzou aquela porta com Luce pela primeira vez, sentindo a própria vida finalmente encontrar direção.
A casa represento