Lorenzo Salvatore.
O interfone tocou, interrompendo meus pensamentos. Levantei-me da mesa e fui até ele, apertando o botão.
— Alô?
— Sou eu, Giulia! — reconheci a voz dela imediatamente, mas algo em seu tom estava diferente, tenso.
Destravei a porta de entrada sem hesitar e esperei ansioso. Em poucos minutos, uma batida apressada soou na porta do meu apartamento. Assim que abri, Giulia praticamente caiu em meus braços, me envolvendo em um abraço apertado.
Senti seu corpo tremer, e em poucos segundos percebi que estava chorando. Suas lágrimas molharam minha camisa enquanto ela escondia o rosto em meu peito.
— Ei... O que aconteceu, princesa? — perguntei preocupado, segurando-a pelos ombros para olhá-la nos olhos.
Giulia ergueu o rosto, os olhos marejados e a respiração descompassada.
— Marco sofreu um acidente... — Sua voz quebrou no final da frase.
As palavras dela me atingiram como um soco no estômago. Marco, o irmão dela, sempre tão cuidadoso e estrategista. Era difícil acr