Lorenzo Salvatore
A brisa noturna soprava pelo jardim, trazendo um frescor necessário depois do calor e do barulho do salão. Eu caminhava pelo perímetro externo, conferindo os pontos estratégicos de segurança. Tudo estava como deveria estar. Os soldados estavam atentos, posicionados nos locais designados, e até o momento, nenhum sinal de problemas.
Fiz um leve aceno para um dos homens próximos à entrada lateral, que respondeu com um movimento discreto de cabeça. Voltei-me para a entrada principal, pronto para retornar ao salão e continuar meu trabalho lá dentro.
Mas, no caminho, trombei com uma presença indesejada.
— Ora, ora… se não é o fiel cão de guarda dos Ricciardi — a voz de Vittorio soou carregada de sarcasmo.
Meus olhos se estreitaram, e minha expressão permaneceu impassível.
— Algum problema?
Ele sorriu de lado, inclinando a cabeça.
— Precisamos conversar.
Cruzei os braços, analisando-o. Tudo nele me irritava — o olhar metido, o tom de voz afetado, o jeito como ele se