Diego sentia o coração bater mais forte enquanto encarava Elisa. O tempo havia passado, mas vê-la ali, tão próxima, fazia as lembranças voltarem como uma avalanche.
Elisa parecia diferente. Não apenas fisicamente, mas na maneira como mantinha a postura firme, segura de si. Seus olhos ainda carregavam uma sombra de mágoa, mas também um brilho de alguém que havia seguido em frente.
— Como você está? — ela perguntou, rompendo o silêncio.
Diego hesitou por um momento, escolhendo as palavras com cuidado.
— Tentando me encontrar — ele disse, sincero. — Acho que perdi o controle da minha vida por um tempo.
Elisa assentiu, mexendo na alça da bolsa.
— Fiquei sabendo do que aconteceu com você — sua voz tinha um tom de compaixão, mas não de fragilidade. — Fiquei preocupada, mas não sabia se deveria procurar você.
Diego baixou os olhos para o café intocado à sua frente.
— Eu teria entendido se não procurasse — ele admitiu. — Eu causei muita dor a você, Elisa. Não espero que esqueç