Capítulo 21 – Sangue de Dragão
O vento mudou.
Na clareira protegida por encantamentos élficos, Ana despertou com o som de algo antigo... um rugido que vinha de dentro do próprio céu. O ar ficou denso, carregado de uma eletricidade escura, e os pássaros — os poucos que ainda ousavam voar naquele mundo — desapareceram.
Kael já estava de pé, com os olhos dourados brilhando.
Riven, parado sobre uma pedra, não parecia surpreso.
— Eles chegaram.
Ana se levantou, agarrando a Espada que Chora.
— Os caçadores?
Riven assentiu.
— Meus irmãos… se é que ainda posso chamá-los assim.
O céu rasgou.
Cinco sombras desceram dos céus em espiral, cercando a clareira. Seres imensos, metade dragão, metade pesadelo. Traziam armaduras vivas, asas com olhos, e bocas que sussurravam em línguas extintas. Cada um deles carregava um fragmento de destruição. E todos tinham um único alvo.
Ana.
— Entreguem a híbrida — bradou um deles, cuja pele era feita de espinhos. — E morrerão com dignidade.
Kael avançou um passo,