O fim de tarde coloria o céu com tons suaves de rosa e dourado, enquanto a brisa marítima acariciava os cabelos de Isabela. Ela caminhava sozinha pela areia fina, deixando pegadas que logo eram apagadas pela maré. Leonardo, que havia dito que precisava resolver algo no vilarejo, prometeu encontrá-la ali antes do pôr do sol.
Ela sorriu sozinha, olhando o mar com o coração aquecido. Pela primeira vez em anos, sentia-se em paz. Sem pressões, sem segredos entre eles, sem máscaras. Era apenas ela e o amor que resistira a tantas tempestades.
Quando se virou para retornar à casinha de madeira onde estavam hospedados, viu Leonardo à distância. Ele vinha em sua direção, com um sorriso cúmplice nos lábios e algo escondido atrás das costas. Vestia uma camisa social dobrada até os cotovelos, calça leve de linho e andava descalço, como ela.
— Achei que não fosse chegar a tempo — ela disse, rindo.
— E perder a chance de ver o sol se pôr refletido nos seus olhos? Jamais.
Isabela revirou os olhos com