O mundo girava em câmera lenta.
Isabela abriu os olhos, piscando algumas vezes até conseguir enxergar através da escuridão. A cabeça latejava, e o gosto de ferro na boca indicava que havia se machucado.
O carro estava tombado de lado, com os airbags acionados e o cheiro de gasolina impregnando o ar.
Seu peito subia e descia rapidamente, o pânico tomando conta.
— Leonardo! — Ela chamou com a voz trêmula, tentando virar o rosto para procurá-lo.
O coração dela congelou ao vê-lo inconsciente, com um filete de sangue escorrendo pela testa.
— Não… não… — Ela murmurou, estendendo a mão para tocá-lo.
A pele dele estava quente, mas ele não reagia.
A adrenalina tomou conta de seu corpo. Ela tentou soltar o cinto de segurança, mas suas mãos tremiam demais. Após algumas tentativas, finalmente conseguiu se libertar e rastejou até ele.
— Leonardo, por favor, acorde!
Ela segurou o rosto dele, sentindo o desespero apertar sua garganta.
Foi então que ouviu um barulho do lado de fora.
Passos.
O medo se