O som do tiro rasgou a noite, deixando o ar pesado.
Leonardo sentiu o estômago revirar.
— Isabela! — Ele disparou em direção ao chalé, deixando o invasor desacordado no chão.
Camila xingou e correu atrás dele.
A porta estava entreaberta, e a luz fraca da lareira piscava lá dentro.
Leonardo entrou com a arma erguida, os olhos varrendo o ambiente.
E então viu.
Isabela estava de pé no meio da sala, a respiração acelerada, segurando uma arma tremendo em suas mãos.
A alguns metros dela, um homem jazia no chão, gemendo de dor, segurando o ombro ensanguentado.
Ela havia acertado o tiro.
Mas seu rosto estava pálido, e seus olhos arregalados denunciavam o choque.
— Isabela. — Leonardo murmurou, abaixando a arma e se aproximando devagar.
Ela piscou, como se só agora percebesse a presença dele.
— Ele entrou… Ele… Ele ia me pegar! — A voz dela saiu engasgada.
Leonardo ignorou o homem ferido e segurou as mãos dela, retirando lentamente a arma de seus dedos trêmulos.
— Acabou. Você está segura.
Mas