A manhã seguinte chegou preguiçosa, com o sol filtrando-se pelas cortinas do apartamento de Ema em Mali Beach. Lisa, ainda enrolada no edredom, gemeu ao ouvir o despertador do celular vibrar pela terceira vez.
— Me dá só mais cinco minutos... — murmurou, cobrindo o rosto.
Ema já estava de pé, sentada na bancada da cozinha, com um copo de suco verde e um notebook aberto diante de si.
— Você prometeu que me contaria o que aconteceu ontem — provocou, sem olhar.
Lisa soltou um suspiro e jogou o travesseiro no chão.
— Nada aconteceu, Ema. Ele só... ficou me olhando como se me conhecesse por dentro. E pior: eu gostei. Miguel Góes é um problema.
Ema riu, finalmente se virando para encará-la.
— Um problema bonito, articulado, divertido e com um sorriso perigoso?
— Exatamente! — Lisa riu também, se levantando. — Mas chega. Vamos trabalhar, herdeira. Antes que eu decida largar tudo e virar musa de CEO.
O dia transcorreu intenso no prédio da parceria Castro–Sanchez. Reuniões com a equipe de mark