O jantar na mansão Castro havia sido encerrado há menos de uma hora quando Gisele, ainda de taça em mãos, convocou a filha para uma conversa mais reservada na biblioteca. Os olhos de Ema, embora atentos, traziam o cansaço das últimas semanas. Desde que assumira publicamente sua identidade como herdeira, a rotina fora uma maratona de compromissos, reuniões e... confrontos internos.
— Feche a porta, por favor — pediu Gisele, sentando-se diante da lareira. — Precisamos falar sobre Mali Beach.
Ema cruzou os braços. Já desconfiava do rumo da conversa. Mali Beach. O nome queimava como sal em ferida aberta.
— Mamãe... se isso for sobre trabalhar com o Ethan...
— É exatamente sobre isso — cortou Gisele, com suavidade, mas firmeza. — Seu pai e eu fechamos uma parceria com a Sanchez Corp. A expansão para a costa leste exige presença da nossa diretoria. E, adivinhe... você é a escolhida.
O silêncio que se instalou foi cortado apenas pelo estalar das chamas. Ema permaneceu imóvel, como se o peso