O sol já se escondia atrás dos prédios de Mali Beach quando Ema desceu do carro, ajeitando a bolsa no ombro. O dia fora agitado — reuniões longas, propostas em aberto, relatórios atrasados — e a última coisa que ela esperava era encontrar Ethan parado na frente do prédio da Sanchez Corp., sem terno, com as mangas da camisa dobradas e uma expressão serena demais para alguém com a agenda tão lotada quanto a dele.
— Achei que já tivesse ido embora — disse ela, parando diante dele.
— Estava esperando você — respondeu, com naturalidade. — Queria te propor um jantar. Sem planilhas, sem contratos. Só... um jantar.
Ema arqueou uma sobrancelha, desconfiada.
— Por que agora?
— Porque eu gosto da sua companhia, Ema. Mesmo quando você finge que não gosta da minha — disse ele com um meio sorriso, o olhar fixo no dela.
Ela hesitou por segundos longos, mas cedeu. Porque havia algo no jeito dele falar ultimamente... menos impositivo, mais humano. Ethan estava diferente. E talvez ela estivesse também.