Ao amanhecer, Keenan precisava descarregar sua raiva em algo. Passara o restante da noite no campo de treinamento, e, quando finalmente adormeceu, foi atormentado por sonhos com Annabeth: aqueles lábios carnudos e vermelhos, os olhos azuis brilhantes que o deixavam sem ar. Todos os seus instintos masculinos se acenderam, o desejo por ela quase insuportável ao acordar. Ele ansiava por tê-la, desejando desesperadamente tê-la em sua cama.
Soltando um grito abafado, Keenan disparou flechas seguidas contra o alvo, até que o boneco de feno se desfez no chão.
— Pode começar a falar. — A voz de Sinan soou firme atrás dele.
— Me recuso a me sentir assim. — Keenan atirou mais uma flecha, sem nem olhar para o alvo, acertando em cheio.
— Por isso estou pedindo: comece a falar. — Sinan insistiu.
Keenan respirou fundo, olhando para o céu nublado. — Ela era minha melhor amiga de infância… é a filha do xerife.
O amigo ficou em silêncio por alguns instantes, digerindo a revelação. — A mulher ruiva da