"Cassius"
Já era tarde da noite e a vila ao longe estava silenciosa. O guarda da portaria ficou surpreso ao nos ver, mas sorriu feliz para Venna. Nós o cumprimentamos e entramos. Estranhei de novo o calor do ambiente acolhedor, os cheiros de comida ainda no ar, junto com coisas de lar. Flores, couro dos livros, madeira dos móveis, brasa na lareira. E risadas vindas da sala.
O rosto de Venna se iluminou e ela me puxou naquela direção. Uma voz feminina chegou até nós:
— Papai e mamãe já mandaram vocês se recolherem! Está tarde.
Podem fazer o favor de parar de tagarelar e me deixar estudar?
Salomé, com os óculos pendurados na ponta do nariz, sentava-se em uma poltrona com um livro no colo, enquanto ralhava com as irmãs de pijama em pé, que pareciam dançar à sua frente.
As três arregalaram os olhos ao nos ver, surpresas. Venna riu e correu para elas.
— Não acredito! — Uma das gêmeas a agarrou, comemorando. A outra se juntou. Salomé de pé, olhando para mim, depois indo abraçá-la.
— Mas...