48. REENCOUNTER
NARRADORA
—Deusa santa! —ela correu ao ver o corpo nu de Nana jogado sobre o tapete.
Lyra se inclinou sobre ela—mal respirava.
Os hematomas e chicotadas naquela pele frágil diziam tudo para Lyra.
Ela olhou para o Alfa ao seu lado, com a adaga que ela tinha roubado de Drakkar cravada no pescoço.
O macho a arrancou dali sem dó e deu um chute seco no cadáver para virá-lo.
A expressão de surpresa ainda estava congelada nos olhos fixos no teto.
—Ela não respira…
—Mas ainda tá viva. A gente tem que levá-la —Lyra decidiu na hora, correndo até a manta de pele sobre a cama pra cobrir a Ômega.
Drakkar apenas concordou com um aceno. Jamais aceitaria abuso contra uma mulher, fosse quem fosse.
—Drakkar, preciso que aja rápido. Aproveita que não tem guardas. Traz o corpo do Verak. Vai, vai, vai logo…
—Mas não posso te deixar sozinha.
—Amor, eu sei me defender. Não vamos perder tempo. Lembra que esse é o filho do Alfa; temos que preparar a cena do jeito certo.
Drakkar não entendia todo aquele teatro