47. A VINGANÇA DE NANA
NARRADORA
Alguns momentos antes de soar o alarme do incêndio...
Nana mal tinha forças pra se manter consciente na cama.
Estava destruída física e mentalmente.
Seu único alívio era que Nerón tinha encontrado um brinquedinho novo e estava fascinado, girando ele nas mãos.
—incrível... só vi facas assim nas Matilhas Altas, e esse homem sabe forjar mesmo —murmurava, extasiado com a adaga.
As palavras de Lyra tinham surtido efeito, e Nerón não machucaria Drakkar, focado em arrancar o segredo da forja dele.
Os olhos de Nana encaravam suas costas, marcadas pelas garras.
Não importava quanto resistisse, ela não tinha arma pra se defender... a arma.
Seus olhos opacos se fixaram no brilho obsidiana da lâmina.
Se ao menos ela conseguisse alcançá-la...
Como se os céus finalmente tivessem piedade, alguém chamou por Nerón com urgência na porta.
Ele largou a adaga de qualquer jeito em cima de uma mesinha e foi falar com o guarda.
Às suas costas, Nana se forçou a se mover e descer da cama com cui