248. MEU EXÉRCITO SÓ PODE TER UM GENERAL
NARRADORA
Os olhos de Marius quase saltaram das órbitas.
A cena arrepiante e inacreditável que se desenrolava diante deles era algo que ele jamais esqueceria.
Cadeias sólidas, enferrujadas, vivas, serpentearam pelo ar, disparando de dentro das portas.
Uma névoa negra e densa se movia nas profundezas, escondendo algo que ele tinha certeza de que não queria ver.
Olhar diretamente para o abismo além daquela entrada era praticamente impossível.
Mas havia uma mulher levitando no ar, enfrentando a pressão e o perigo de frente.
Aquelas correntes se enrolaram em suas pernas e braços como grilhões sobrenaturais.
Os fios vermelhos do sangue de Victoria se entrelaçaram com os elos de aço, e a luta começou.
Marius não conseguia ver claramente o rosto de Victoria, mas isso não o impedia de imaginá-lo.
Ela falava naquela língua cortante, difícil. Mal tinham lhe ensinado um feitiço e ele já achou complicado demais.
Mas ela rugia encantamentos macabros, ordens que chamavam pela morte.
O vento açoitou