20. ATAQUE NA FLORESTA
VALERIA
— Sério? Achei que tinha te ouvido murmurar alguma coisa — ela se aproximou de mim com dúvidas.
— Não, só estava pensando alto. Conseguiu resolver as coisas com seu namorado?
Desço os degraus e encontro-a sentada no último, e de repente, ela começa a chorar.
Entre soluços, me conta as dificuldades com seu parceiro e seus pais; ser filha do Alfa não é fácil.
— Não fique assim, com certeza haverá uma solução. Você não tem ninguém que te apoie? Talvez uma irmã?
— Não! Por que você está perguntando se eu tenho uma irmã? — ela pergunta levantando o olhar, defensiva.
— Ah… desculpe, foi grosseria minha. Tudo isso está me deixando nervosa e, não, eu não tenho irmã nem ninguém mais.
Ela afirma, e eu assinto, embora seja estranho ela reagir assim a uma simples pergunta.
— Ah, não! Já está muito tarde, meus pais vão me matar e o Rei deve estar louco te procurando! Vamos, vamos agora!
Ela passa da angústia para o pânico e me pega pela mão para me levar de volta ao bosque, quase correndo.