156. DE VOLTA COM NOSSO PESSOAL
ALDRIC
Parecia que a Lua havia se transformado em um buraco negro assustador, e de seu interior, centenas de corvos saíam voando em círculos.
Os grasnidos ensurdecedores irritavam meus ouvidos de lycan; eu não sabia como não ecoavam por quilômetros de distância e, pior ainda, temia que essa magia tão poderosa pudesse ferir minha mulher e minha filhinha.
— Aldric, grude-se em mim com força!
Valeria gritou, e eu a abracei por trás, protegendo seu ventre com minhas grandes mãos, enquanto éramos envolvidos por um bando de corvos enlouquecidos que giravam ao nosso redor sem parar.
A névoa escura cobria o ar e, de repente, senti que perdia minha estabilidade.
Parecia que meu corpo estava sendo levantado do chão; eu não sentia conexão com nada ao meu redor.
Eu odiava toda essa feitiçaria, essa era a verdade, mas segurei meus entes queridos contra meu peito e afundei minha cabeça no espaço entre seu pescoço, fechando os olhos enquanto sentia penas roçarem minha pele, bicos, garras, e o assobi