Expliquei rapidamente a Lucas sobre Roland Warner e sua alegação a respeito do doador de rim redirecionado de Lily. Enquanto eu falava, disquei o número de Roland para marcar um encontro imediato.
— Eu já tenho o dinheiro. — Disse assim que ele atendeu. — Onde podemos nos encontrar?
— Nos fundos do restaurante de Pedra da Lua, em trinta minutos. — Ele respondeu com a voz tensa. — Venha sozinha.
Encerrei a chamada e olhei para Lucas. — Preciso ir.
— Eu te levo. — Ele disse, em um tom que não admitia objeção.
Vinte e cinco minutos depois, estávamos sentados no carro do Lucas, perto do hotel combinado. A chuva ainda caía, embora com menos intensidade.
— Ele já devia ter chegado. — Murmurei, checando o relógio, ansiosa.
Como se nos ouvisse, um toque de celular soou nas proximidades. O som ecoava pela rua vazia, vindo de um beco à nossa direita.
Lucas e eu trocamos um olhar preocupado. Quando o toque cessou, um pressentimento sombrio me envolveu.
— Fique no carro. — Lucas ordenou,