Ele hesitou por um momento, e até seu lobo demonstrou incerteza, enquanto eu o observava com os olhos inchados, procurando um vestígio de ternura, mas vendo apenas frieza, já que o brilho âmbar de seus olhos, que antes me acolhia, agora me rejeitava por inteiro.
— Estou avisando pela última vez, não me chame mais de papai, está claro? — A voz dele carregava a autoridade inconfundível de um Alfa rejeitando um membro da matilha.
Só havia visto aquele brilho nos olhos dele quando ele olhava para Olivia ou para Lily, e nunca passou pela minha cabeça que, um dia, seria eu quem o receberia.
Com isso, meu corpo tremeu, delicado como uma pluma ao vento, e minha loba filhote recuou dentro de mim.
Assim, minhas palavras quase escaparam, chamando-o de “papai”, como se eu ainda fosse aquela menina carente de afeto, tentando chamar sua atenção com doçura.
Mas diante daqueles olhos frios, eu não consegui pronunciar nenhuma palavra. Apenas o observei virar-se e sair do quarto, descendo as escadas, co