(Ponto de Vista de Ethan)
Emma estava ajoelhada na cama, e seu rostinho jovem estava distorcido em uma expressão que eu jamais tinha visto antes.
A doce e obediente filhote que costumava me olhar com adoração havia desaparecido, dando lugar a algo irreconhecível, com feições contorcidas por uma malícia que nenhuma criança de sete anos deveria possuir.
Em uma das mãos, ela segurava uma pequena figura. Na outra, uma agulha de prata reluzia sob a luz da lua que entrava pela janela. E, com precisão cruel, ela enfiava a agulha na boneca repetidas vezes, sussurrando palavras envenenadas:
— Maldita Lily! — Rosnou, cravando a agulha no peito da boneca. — Mesmo depois da morte, você continua tirando o meu papai de mim. Espero que o seu espírito nunca encontre paz!
Assim que escutei aquilo, o rugido do meu lobo ecoou por dentro, pulsando sob a pele, faminto por se libertar.
Ela estava falando da minha filha, a verdadeira, cuja morte não pude impedir, cujo amor afastei com meus erros…
Aquela que