(Ponto de Vista de Olivia)
Na manhã seguinte, encontrei Lucas exatamente onde o deixei, com sua presença vigilante inalterada, apesar das horas que haviam passado.
— Você ficou aqui a noite toda. — Observei, enquanto deixava minha bolsa sobre a poltrona.
— Eu disse que ficaria. — Respondeu ele com simplicidade, levantando-se da cadeira. — A condição da sua mãe está estável. Não houve nenhuma mudança.
Assenti, sentindo ao mesmo tempo alívio e frustração. O termo "estável" soava quase reconfortante, mas, na prática, significava apenas que ela não havia piorado e tampouco despertado.
— Você deve estar com fome. — Disse Lucas, consultando o relógio. — A sala de refeições privativa já deve estar aberta. Venha tomar café comigo.
Não foi exatamente um convite, mas não me incomodei com o tom firme dele. Depois da montanha-russa emocional dos últimos dias, havia algo reconfortante em não precisar tomar decisões por conta própria.
Na área exclusiva de refeições do abrigo, destinada aos oficiais