Sob a luz do luar, a pedra polida reluzia, e o rosto sorridente de Lily, eternizado na fotografia colorida incrustada no granito, parecia tão feliz e cheio de vida, distante da imagem pálida e manchada de sangue da criança que eu havia visto nas gravações da vigilância.
— Lily… — Sussurrei, traçando seu nome com os dedos trêmulos. — Por favor, me perdoe...
No entanto, as palavras soaram pateticamente insuficientes. “Que desculpas seriam suficientes para compensar anos de negligência? Como poderia eu reparar a ausência nos seus últimos momentos?”
Foi nesse instante que me recordei da voz dela ao telefone, naquela última ligação: "Papai, será que você poderia vir ficar com a Lily? A Lily está doente, e o tratamento está doendo muito..."
E da minha resposta, fria como gelo: "Não siga o caminho da sua mãe, com tantas mentiras"
Um soluço irrompeu da minha garganta, cru e dilacerante, lembrando-me que eu havia falhado com ela de todas as formas possíveis, tanto como pai quanto como ser human