MADISSON
— O que você disse?!
Kael explodiu em movimento. Num segundo ele estava imóvel, no outro avançava sobre o homem com a força de uma tempestade. O primeiro soco esmagou o rosto do agressor com um estalo surdo. O segundo veio mais forte, acompanhado de um rosnado que reverberou dentro do meu peito. Depois o terceiro, o quarto, cada golpe descendo com uma brutalidade que fazia o chão tremer sob nós.
O homem gritou, depois apenas gemeu, o som ficando cada vez mais fraco. O sangue escorria em jatos, respingando nas mãos de Kael, no rosto dele, até na terra já encharcada ao redor. Ele não parava. Era como se tivesse se desligado do mundo, perdido em um transe de violência que não tinha fim.
Meu corpo se encolheu instintivamente. Parte de mim queria que ele acabasse com aquilo, o homem merecia, sem dúvida. Merecia cada golpe. Mas eu não podia assistir a mais um assassinato, não depois do que ele já tinha feito.
— Kael! — minha voz saiu rouca, tremida, mas ele não reagiu.
Corri até el