MADISSON
Meu corpo ainda tremia, preso entre o calor que ele deixou e a necessidade irracional de tê-lo de volta. Cada fibra de mim pedia que eu avançasse, que me jogasse nos braços dele, que me banhasse no calor e no cheiro que ainda impregnava meu próprio corpo.
Mas, por algum milagre, me controlei. Inspirei fundo, tentando desacelerar o coração, tentando afastar o arrepio que cada lembrança do toque dele deixava. Esse desejo parecia irracional, perigoso demais para ceder. Principalmente porque ele estava ali, diante de mim, olhando de um jeito que me fez apertar os dentes.
Seus olhos dourados estavam carregados de algo que me assustava.
— Onde você conseguiu esse cheiro? — a voz dele cortou o ar, baixa, rouca, carregada de tensão.
Franzi a testa, confusa e um pouco irritada.
— Do que diabos você está me acusando agora?
Ele estreitou os olhos, aproximando-se só um pouco, como se fosse uma boa ideia.
Droga!
Eu nunca fiquei tão carente por alguém.
Meu corpo reagia só de olhar para el