Sábado, 21 de setembro de 2013
Eu acordo e vejo o relógio na mesinha lateral. São apenas cinco horas da manhã. Eu me ergo lentamente e me sento na cama de costas para Harold. Assim que os meus pés tocam o piso acarpetado uma voz grave me faz parar.
─ Não faça isso. Por favor, não novamente.
Eu tomo uma respiração profunda enquanto penso no que dizer. Decido-me pela verdade ─ Eu preciso ir.
─ Por quê? ─ Eu não respondo a isso. Mas não preciso. De alguma maneira ele entende – Você está confusa. – Não foi uma pergunta.
─ Sim. – Eu continuo de costas pra ele.
─ Foi demais? Eu... passei dos limites? Machuquei você de alguma forma?
─ Não, Harold. – Eu me apresso em dizer – Não há nada de errado no que você fez. O problema é... comigo.
─ Eu quero entender.
─ Você não precisa entender. Não temos um relacionamento, lembra? Sem crises, sem cobranças, sem compromisso...
─ Droga. Não faça isso, Carol. Não faça isso com a gente. – O aborrecimento é claro em sua voz. Eu ainda esto