Sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Eu entro no apartamento e fico chocada com a cena diante de mim. As cortinas estão fechadas. As luzes apagadas. A única iluminação vem da televisão. Ele está sentado no sofá de frente para a televisão. Suas calças estão abaixadas e sua mão está segurando seu pau. Ele olha pra mim. Eu desvio o meu olhar e me viro de costas para fechar a porta.
─ Venha até aqui.
─ Onde está a minha mãe? – eu pergunto ainda de costas sem olhar pra ele.
─ Dopada. Ela não vai acordar até de manhã. Agora, venha até aqui. – Como sempre nessas ocasiões, meu primeiro impulso é o de desobedecer, mas eu já senti inúmeras vezes na pele as consequências da minha desobediência. Eu aprendi que não importa o quanto eu tente resistir, ou espernear, ou ameaçar, ele sempre vai se impor a mim pela força. Minha mãe é completamente louca por ele e a certeza de que ela jamais acreditaria em mim dói mais do que as tapas que ele me dá. Ela já viu vários hematomas, mas ela simplesm