Assim que Alejandro abriu a porta do apartamento e entrou, ainda com o rosto marcado pela tensão da briga na cafeteria, o ar pesado pareceu sufocá-lo ainda mais. O lugar estava silencioso. Apenas o tilintar de gelo contra o vidro quebrava o clima opressivo. Ethan estava sentado no sofá da sala, os ombros rígidos, os dedos apertando o copo de whisky como se quisesse esmagá-lo. A garrafa repousava sobre a mesa de centro.
Alejandro fechou a porta devagar, engolindo em seco antes de se aproximar. Seus passos eram cautelosos, como se qualquer movimento brusco pudesse detonar uma explosão.
— Ethan… precisamos conversar, amigo. — Sua voz saiu trêmula, quase um sussurro, mas carregada de culpa.
Ethan nem olhou para ele. Num gesto brusco, levantou o copo e virou o líquido âmbar, fazendo careta quando o álcool queimou sua garganta. Sem dizer nada, pegou a garrafa novamente e encheu o copo.
— Para com isso, cara! — Alejandro avançou, arrancando a garrafa da mão do amigo com um movimento rápi