por Débora
Eu estava tão perto.
A vitória estava ao meu alcance, pronta para ser saboreada.
A sensação de ter Milena exatamente onde eu queria era intoxicante, quase como uma droga que eu não conseguia largar.
Cada movimento estava sendo meticulosamente orquestrado, e tudo parecia estar indo conforme o planejado.
Mas então, veio a notícia que fez meu sangue ferver:
Milena, aquela tola obstinada, ainda se recusava a assinar os papeis.
Como ela ousava resistir?
Como ousava desafiar a mim, Débora?
Eu segurava o telefone descartável com força, meus dedos cravando na superfície plástica enquanto a voz do líder do bando reverberava na linha.
Ele me contava, com uma mistura de irritação e admiração, como Milena havia se recusado, como ela se recusava a dobrar-se diante de nossas ameaças.
Ele ria, achando graça da situação, mas eu não conseguia compartilhar daquela risada.
— Eu não estou vendo onde está a graça da teimosia dessa estúpida! Se eu quisesse rir, estaria vendo uma comédi