De repente, a porta do quarto se abriu, e Alan entrou correndo, com um sorriso iluminando seu rosto.
—Terminei meus desenhos, mãe! Fiz para você e para o papai—, anunciou ela, orgulhosa, enquanto estendia uma folha de papel na qual apareciam duas figuras mal desenhadas (nós, obviamente) de mãos dadas, com uma casa e um sol ao fundo. —Pai, deixa a mamãe em paz! Não a esmague! Alan também subiu na cama e foi minha salvação. Era impossível não rir quando os vi; aquela conexão entre pai e filho me encheu de um amor difícil de descrever. Leonard e eu trocamos um olhar cúmplice, e percebi que, apesar das armadilhas, dos mal-entendidos e dos medos, ele era meu lar, nosso refúgio. Nós nos divertimos muito brincando com ele. Estávamos tão felizes que, por um instante, nos permitimos aproveitar essa felicidade, até que o celular do Leonard nos interrompeu. Ele atendeu; era o David. —Leo, por que você deixou essa louca aqui na minha casa?—, sua voz desesperada vem do outro