—Se eu me lembro, a pessoa que fechou esse acordo foi... —suas palavras se apagam, porque a compreensão do que está acontecendo é forte o suficiente para não precisar ser dita em voz alta. A imagem dela surge em sua mente, clara como a água. Ela tinha sido peça-chave naquele acordo. Estivera lá desde o início, navegando pelas sombras daquele conflito, mas jamais esperou que algo tão corriqueiro em seu mundo voltasse a assombrá-la dessa maneira.
Mateo o observa atentamente, esperando que Alessandro termine de processar a informação. O silêncio entre eles é denso, mas Alessandro não precisa de mais explicações. A família De Luca. A empresa que ele ajudou a afundar. O acordo que foi fechado a seu favor e o levou até a posição de poder que ocupa hoje. Tudo começa a fazer sentido, e com isso, a gravidade que a situação pode alcançar.
—Isso é absurdo —diz finalmente. Inclinando-se para trás na cadeira, esfrega a têmpora como se tentasse aliviar a iminente dor de cabeça—. Isso é absurdo, são