Apoiada na porta do cubículo do banheiro, Thalia fecha os olhos com força e solta o ar devagar. O eco da descarga ressoa no pequeno espaço e, com ele, começa a ecoar nela a sensação de culpa pelo que acabou de fazer. Enquanto tenta se acalmar, permanece ali por mais alguns segundos, o corpo tenso, enquanto a água deixa de correr depois de ter levado toda prova física do que fez. Mas o reproche, esse não vai embora tão facilmente.
Saindo do cubículo, para em frente ao espelho. O reflexo a encara com olhos que parecem acusá-la. Suas mãos tremem enquanto abre a torneira e enxágua a boca, mas o gosto ruim não desaparece totalmente. Sente o vazio em seu peito aumentar, embora não permita que suas emoções a controlem. Não agora. Não aqui.
O som de alguém vomitando em outro cubículo a traz de volta à realidade. Indo até o secador de mãos, busca que o barulho cubra o que acontece no espaço ao lado e ouve um leve “obrigado”. Não reconhece a voz, mas, na verdade, pouco lhe importa. Toma mais um