Leonardo
Deixei Luísa na casa dos pais dela e voltei para casa sem dar muitos detalhes. Apenas disse que precisava resolver algumas coisas. Não queria preocupá-la, não com isso.
Voltar para casa foi o primeiro passo. Eu sabia exatamente o que precisava fazer, e tudo começava por reunir provas sólidas, sem deixar brechas.
Na segunda-feira, entrei em contato com o gerente da sorveteria. Me apresentei formalmente, disse que precisava das imagens das câmeras de segurança do dia em que estivemos lá — a presença dele, a tentativa de provocação, tudo. Como advogado, eu sabia como pedir sem levantar desconfiança, e o gerente, após confirmar a data, me entregou uma cópia dos vídeos em um pendrive. Aquilo já era mais do que suficiente para mostrar que ele estava nos seguindo.
Em seguida, fui até a loja onde Luísa o viu pela primeira vez. Pedi as gravações daquele dia e expliquei que era para fins de segurança. Não precisei inventar muita coisa — a gravação mostrava claramente ela tentando evitá