LuísaQuando terminamos o banho, nos deitamos e acabei dormindo, acordei com ele abraçado a mim, sentindo o conforto que seu corpo me trazia. Eu tinha ficado com ciúmes, um pouco chateada com algumas lembranças, mas eu escolheria esquecer isso, era passado, ficava repassando essas palavras em minha mente a todo momento: “Isso é passado, apenas esqueça”.Fiquei surpresa com o local que ele alugou para nós, era bonito, confortável e espaçoso, aparentemente perto de vários pontos importantes da cidade. O rosto dele não era um dos melhores, por mais que se esforçasse nas palavras, dava para perceber que seu rosto não era o mais simpático, e em parte a culpa era minha. Eu não queria estragar a viagem, então precisava respirar fundo e esquecer tudo aquilo.Me levantei e fui até o quarto arrumar minhas coisas, após terminar, decidi me arrumar, troquei de roupa, desfiz o rabo de cavalo do cabelo e deixei solto, passei um pouco de maquiagem e perfume e fui até a sala, ele estava sentado, sério
Leonardo Eu precisava me lembrar que com Luísa, as coisas precisavam ser mais devagar. Ela não era tão “aventureira” e não era tão aberta a coisas novas.Nem preciso dizer o quanto ela estava linda com aquela camisola,eu a desejava e precisava muito dela. Puxei sua cintura em minha direção e comecei a penetra-la com força,enrolei minha mão em seu cabelo e puxei, me sentia um animal faminto. E eu queria mais, muito mais, ainda não estava saciado.— Leonardo…— Não me peça para parar agora, por favor.— Eu não vou, mas preciso que vá mais devagar.Mas eu não conseguiria ir mais devagar,não naquele momento, então respirei fundo e sai de dentro dela, não queria correr o risco de machucá-la.— Te machuquei?— Não.Ela me olhava confusa, então a beijei e sai do quarto, liguei o chuveiro em busca de alívio para minha mente e para o meu corpo.— Você pode fazer isso comigo.— Não quero te machucar.— Não vai.Eu não conseguiria ser lento e gentil do jeito que estava, queria fazer tudo com ela
Luísa Coisas que não posso fazer com você…Enquanto esperava ele chegar, fiquei mexendo no celular e claro que não me aguentei, precisei procurar Mariah em alguma rede social, suas fotos eram bonitas, ela era bonita, bem bonita na verdade, era um misto de ciúmes, tristeza e raiva.Comecei a procurar preços de passagens para casa, eu estava exagerando, mas talvez fosse melhor. Ele chegou em casa como se nada tivesse acontecido, o que me deixou um pouco mais irritada.— Vocês transaram?Não deveria, mas acabei perguntando isso e ele negou, no fundo acreditava que ele dizia a verdade, mas eu estava com raiva.Conversamos e tentamos resolver as coisas, mas quando ele disse que não podia fazer algumas coisas comigo, fiquei triste, por que não podia? Por que eu havia pedido para parar? Eu apenas estava me sentindo desconfortável e as palavras dele me deixaram insegura, pois aparentemente ele podia fazer coisas com todo mundo, menos com sua esposa. E além de morder, sexo no carro e varanda,
Leonardo Acordei às oito da manhã, Luísa não estava no quarto, não estava no banheiro, não estava em lugar algum. Não havia mais nada dela no apartamento, ela havia ido embora, mais uma vez.Recebi uma mensagem sua informando que voltaria para casa e eu não a impediria, ainda me sentia mal pelo que tinha acontecido no dia anterior e ela tinha razão, eu estava decepcionado, mas não com ela, o problema era comigo.Resolvi ficar no Canadá, fazer as coisas que queria, mas tudo que tinha planejado, foi pensando na presença dela e nada era tão legal sozinho. Os dias foram passando e não nos falamos, sabia que era orgulho da minha parte, mas se ela quisesse espaço,eu daria, se precisasse de algo, eu ajudaria, mas escolhi me manter longe por hora .Continuei trabalhando por aqui e em paralelo resolvi fazer outras coisas pela cidade, havia um local com aula de artes que provavelmente Luísa adoraria, encontrei também uma escola de culinária, oferecendo um curso de dois meses, pensei no quão bom
Luísa Estava tudo tão corrido, o trabalho,as coisas do casamento, mas era melhor assim, eu não tinha tempo para pensar nele. A casa estava vazia, nossa cama estava vazia, nem tinha mais o cheiro dele, várias vezes eu me pegava deitada sobre seu travesseiro, é claro que eu sentia falta dele, muita falta na verdade, mas não fazia nada para mudar isso.A semana do casamento chegou, eu estava feliz por ela e triste por mim, minha melhor amiga se casando e o meu casamento indo pro ralo. Confirmamos as flores,os doces,as comidas,ela estava radiante.— Lu, vamos naquela loja de lingerie novamente? Quero escolher umas coisas legais.— Vamos.Lembrei quando fomos ali a três meses atrás, eu estava cheia de planos e no fim, não usei nada.— O que aconteceu? Se te fizer mal, posso ir sozinha.— Não,tá tudo bem. Já tem algo em mente.— Sexy, que ele tenha vontade de arrancar com a boca.Seguimos para o shopping e tinha uma peça mais bonita que a outra, fiquei com vontade de comprar umas para mim,
LeonardoEssa mulher vai me enlouquecer, juro por Deus.Divórcio?Sim. Ela falou essa palavra com tanta calma que doeu mais do que um grito. Claro que eu não queria isso. Eu queria ela. Só ela. E sabia que, se a gente queria mesmo fazer esse casamento dar certo, precisava mudar muita coisa. Esses três meses longe só provaram isso.— Luísa, eu quero...Ela ficou séria, os olhos cravados em mim. E antes que dissesse qualquer coisa, completei:— Eu quero você.Me aproximei, passando a mão em seu rosto. Aquela pele macia, seus olhos tão intensos, o cabelo que eu vivia lembrando… Deus, como senti falta dela.— Eu quero você. Eu sei que demonstrei isso de um jeito péssimo, mas... só consigo me ver ao seu lado.— Leonardo...— Eu devia ter voltado pra casa. A gente devia ter conversado. Você não deveria ter ido embora... Mas a gente errou. Muito. Só que... a menos que você me diga que não quer mais ficar comigo, eu não vou te deixar ir.Segurei seu rosto com cuidado, meus dedos tocaram seus
LuísaEu estava morrendo de medo da resposta dele. Se Leonardo dissesse que queria o divórcio, eu não sei o que faria. Meu coração mal aguentava esperar.Mas então ele disse:— Luísa, eu quero você.Era tudo que eu precisava ouvir. Meu mundo se ajeitou com essas palavras. Eu também só queria ele. Só ele.Nos beijamos. Um beijo cheio de saudade, profundo, terno e ao mesmo tempo desesperado. Três meses longe… três meses sem tocá-lo, sem senti-lo. Meu corpo implorava por aquele contato.Leonardo me encostou em uma pilastra, afastados do movimento da festa. Seu beijo ficou mais intenso, mais urgente. Ele sussurrava que estava com saudades, como se me convencer de palavras não bastasse. Seus gestos falavam mais alto.— O que está fazendo? — perguntei, ofegante.— Matando a saudade.— Alguém pode nos ver...— Ninguém vai nos ver — ele respondeu, me beijando de novo, a boca quente no meu pescoço.Ele apertava minha perna, me segurava como se não quisesse me soltar nunca mais. Senti suas mãos
LeonardoEnquanto dançávamos, era como se o mundo tivesse desaparecido. Só existia Luísa e eu. Quando ela disse que queria ir embora, não pensei duas vezes. Guardei sua mala no carro e, antes que pudesse me controlar, a puxei para mim. Seu corpo colado ao vidro gelado, coberto pelo meu. Eu precisava dela. Precisava estar com ela. Aquela distância de três meses havia me deixado faminto por sua pele, seu toque, sua presença.Assim que chegamos em casa, fomos direto para o banho. Me ofereci para ajudá-la com o vestido e, quando comecei a despir seu corpo, notei marcas. Marcas que eu já imaginava de onde vinham. O sangue ferveu.Encostei Luísa na parede do banheiro, com a água quente caindo sobre nós. Pedi permissão para continuar o que não pudemos fazer durante o casamento. Ela estava entregue, respirando ofegante, os olhos semicerrados, os lábios entreabertos.— Leonardo, eu quero você. Eu preciso de você.— Não. Não aqui.Não porque eu não quisesse. Muito pelo contrário. Eu queria tudo