Naiara voltou para casa e logo teve uma febre alta.
Aquelas memórias que ela havia trancado no fundo da mente retornaram de repente, envolvendo-a por completo, sem deixar brechas.
Durante esse período, Jorge ficou ao lado dela o tempo todo, sem sair por nenhum instante.
No meio da noite, quando ela sentia calafrios, ele trocava continuamente a toalha quente em sua testa.
De manhã cedo, quando ela acordava com sede, sempre encontrava, ao lado da cama, um copo de água morna na temperatura ideal.
Três dias depois, a febre de Naiara finalmente cedeu.
Jorge, com um copo de leite morno nas mãos, tocou a testa dela e perguntou:
— Como está se sentindo?
Naiara esboçou um leve sorriso, sem forças.
— Estou bem.
Apesar das palavras dela, Jorge sabia que ela não estava nada bem.
Nesses seis meses desde que conheceu Naiara, ele nunca havia tentado se intrometer na vida particular dela.
Foi só ontem, quando Afonso apareceu, que descobriu quantos segredos ela carregava.
Ele mandou seus homens investi