Logo, o portão da mansão se abriu.
A silhueta alta de Jorge saiu cambaleando pela porta.
À luz do luar, Naiara viu que o rosto de Jorge estava pálido, ele pressionava o abdômen com uma das mãos, e o sangue escorria incessantemente entre seus dedos, tingindo a camisa branca de um vermelho gritante.
— Você está ferido? — A voz de Naiara tremeu enquanto ela estendia a mão para ampará-lo.
Jorge, porém, agarrou bruscamente o pulso dela, perguntando com a voz rouca:
— Quem mandou você vir?
Naiara desviou o olhar dele, não explicando os motivos, apenas respondeu com frieza:
— Vá cuidar do seu ferimento primeiro, eu resolvo a questão com Afonso.
Ao ouvir isso, Jorge de repente a puxou para trás com força, ignorando a dor do ferimento que, com o movimento, se abriu ainda mais.
— Afonso já enlouqueceu. Se você entrar agora, vai cair direto na armadilha.
— Jorge. — Naiara segurou os dedos ensanguentados de Jorge, apertando-os suavemente na palma da mão. — Confie em mim, eu sei me proteger.
Nesse