Naiara se virou para sair e, assim que seus dedos tocaram a maçaneta da porta, a voz grave de Afonso soou atrás dela.
— Já mandei fechar o restaurante inteiro, você não vai conseguir sair.
Naiara ficou imóvel, de costas para ele.
Ao se virar lentamente, seus olhos já estavam cobertos por uma camada de gelo.
— O Sr. Afonso realmente se deu ao trabalho de montar toda essa encenação só para me enganar.
O olhar estranho de Naiara fez com que Afonso sentisse uma dor aguda no peito.
Ele se aproximou rapidamente, a voz rouca:
— Já descobri toda a verdade sobre a armadilha que Catarina armou para você. E também sobre a sua perda...
Ao ouvir falar da perda, Naiara sentiu uma pressão no peito, como se uma mão invisível apertasse sua garganta, impedindo-a de respirar.
Ela recuou um passo, afastando-se de Afonso.
— E daí? — Perguntou. — O que você quer dizer com isso?
A reação instintiva de Naiara fez com que a respiração de Afonso parasse por um instante.
— Naiara, eu só fui enganado por ela porq