Capítulo 10
O crepúsculo desceu, e as luzes da cidade começaram a se acender.

Afonso estava de pé à beira do rio, a luz da lua lançava sobre seu rosto uma camada de frio glacial.

Diante dele, ajoelhava-se um homem amarrado de mãos e pés, batendo a cabeça no chão repetidas vezes.

— Sr. Afonso, pelo amor de Deus, por favor, solte meu filho!

Um dos capangas de Afonso empurrava o carrinho de bebê, cujas rodas estavam perigosamente próximas à margem do rio.

— Diga-me a verdade, e eu o deixo ir.

Um traço de pavor cruzou o olhar do homem. — Sr. Afonso, eu não entendo o que o senhor está dizendo...

— Não entende? — Afonso soltou um leve riso. — Vou contar até três. Se até lá não ouvir nada útil da sua boca, mando seu filho para o lugar onde ele deve estar.

Afonso fixou o olhar no rosto trêmulo do homem e começou a contagem regressiva.

— Três...

— Dois...

No instante em que o carrinho de bebê começou a inclinar-se em direção ao rio, o homem não aguentou mais e gritou, em desespero:

— Eu falo, eu falo!

— O
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