Anne assistiu de lado, constatando que Anthony conseguia mesmo tudo o que queria. Isso, de alguma maneira, a incomodava e confortava, ao mesmo tempo.
— Papai, esse peixe ficará muito sozinho! Vamos botar alguns peixinhos pequenos! — Pediu Chloe.
— Ele acabaria comendo os pequenos. — Explicou Anthony.
— O quê?! — Chloe parecia aterrorizada.
— É a natureza dele. Você pode dar peixinhos menores para que ele coma, porque ele vai precisar. — Anthony continuou.
Chloe olhou para o belo peixe nadando no aquário, hesitou um pouco e depois acenou com a cabeça.
— Será que ele morre de fome se eu não der peixinhos? —
— Acho que sim. — Charlie a confortou. — Mas acho também que ele comeria peixinhos pequenos mesmo fora do aquário. —
Vendo o olhar desamparado de sua filha, Anne olhou para Anthony, perguntando-se por que ele estaria contando aquilo à garota. A mulher, então, segurou a mão de Chloe e explicou.
— Você pode dar comida de peixe, meu bem. Não precisa dar peixinhos. —