A batida na porta foi suave, quase hesitante, mas suficiente para fazer Sofia erguer o rosto na mesma hora. Ela respirou fundo, tentando estabilizar o coração, e caminhou até a porta com passos silenciosos. Abriu devagar.

Matteo estava ali.

Não o Matteo rígido, sombrio e impassível que costumava aparecer diante dela.

Hoje, havia algo mais… humano. Um desgaste nos olhos, talvez, ou um peso nos ombros que ele não fazia questão de esconder.

- Posso entrar? - ele perguntou, a voz baixa, quase como se estivesse pedindo permissão dentro da própria casa.

Sofia hesitou apenas um segundo, mas abriu mais a porta. Ele não entrou.

Ao invés disso, inclinou levemente a cabeça e disse:

- Vim te buscar para o jantar. Hoje… quero que jante comigo .

O convite pairou no ar como um desvio inesperado do destino. Por um instante, Sofia não soube o que responder. Ela apenas o observou, estudando a expressão dele, tentando enxergar intenção ou ameaça. Mas não havia nada disso. Apenas sinceridade ... e um dis