NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Estava difícil fingir que não vi meu pai beijando a dona Marie... Até me lembrei do seu surto quando assumi o romance com Sara. “Uma empregada?!” — lembro perfeitamente. E agora, o destino o fazia pagar com a língua. E põe língua nisso, porque o beijo foi de língua mesmo… com a cozinheira.
Nunca pensei que veria meu pai beijar novamente.
O mais engraçado foi a reação do Stefan — parecia que a alma dele havia saído do corpo. Simplesmente fugiu antes que nosso pai tentasse explicar qualquer coisa. E, pela expressão dele, eu já sabia: seria necessário ter uma conversa séria. Stefan precisava entender que nosso pai também tinha direito à felicidade. E, honestamente, eu ficava feliz por ele. Dona Marie sempre foi gentil, conselheira, mansa. Uma mulher incrível para se viver ao lado.
Ela parecia tensa em meu escritório, olhava de um para o outro com nervosismo, até murmurar:
— Eu preciso ir... Preciso preparar o almoço. — Praticamente fugiu passando por mim.
Ri q