Capítulo XVIII

Roberto ouviu de Ávila bater o telefone. Ficou parado por um instante com o aparelho na mão, refletindo sobre as últimas palavras do “Doutor”.

Ele tinha vago conhecimento dos negócios de Ramos de Ávila, mas não era um de seus homens de frente. Na verdade, apenas administrava Miranda Estância, mas fazia-se passar por proprietário por ordem do próprio de Ávila. Segundo ele, essa fachada dava mais segurança aos negócios. Sabia que coisas estranhas aconteciam por lá, mas aprendera a ficar de boca fechada. Para isso, recebia um gordo salário, mas sabia também que aquele era o último emprego de sua vida.

Resolveu seguir a sua intuição. Se apoiasse os arqueólogos, poderia tê-los em suas vistas.

Colocou o telefone no gancho e caminhou vagarosamente em direção ao hotel. Estava entrando num jogo perigoso e teria que ser cauteloso.

A discrição era uma de suas qualidades. E isso, com certeza, era o que lhe dava certa tranquilidade. Tinha por hábito não fazer perg

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo