Capítulo LI

Carlos ficou estático. Fosse quem fosse era bem real. Imobilizado como estava, não tinha nada a fazer a não ser aguardar os próximos acontecimentos.

De bruços e jogado ao chão, Carlos não conseguia ver quem o aprisionara. Contudo, não demorou muito para que a surpresa tomasse conta dele.

— Sargento! Corre aqui! gritou o homem que o aprisionara.

Carlos ficou atônito. Teria voltado ao tempo normal? Seriam homens do exército?

O tal Sargento chegou e ajudou o companheiro a levantar Carlos.

Carlos, por sua vez, agora em pé, encarou o homem diante de si: cabelos sujos e compridos, com uma calva na parte superior. A barba longa e as roupas esfarrapadas como se não tomasse banho há semanas. Era realmente uma imagem degradante. Na mão, apontando para o seu peito, uma automática 9 milímetros.

Enquanto isso, o outro, de aparência semelhante, desarmara-o e pedia que ele andasse. Carlos mencionou dar o primeiro passo, mas teve oposição. O tal Sarge

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